Os EUA querem que Israel pressione por um cessar-fogo em Gaza após o assassinato do líder do Hamas, Yahya Sinwar, na semana passada
Ataques israelenses a várias casas no norte da Faixa de Gaza deixaram, na noite de sábado para domingo, pelo menos 87 pessoas mortas ou desaparecidas. As informações são do Ministério da Saúde do território. O órgão afirmou que outras 40 pessoas ficaram feridas nos ataques à cidade de Beit Lahiya, que esteve entre os primeiros alvos da invasão terrestre de Israel há quase um ano. Os ataques ocorrem em paralelo a uma investigação dos Estados Unidos sobre a divulgação não autorizada de documentos confidenciais que avaliam os planos de Israel para atacar o Irã, segundo três autoridades norte-americanas. Um quarto oficial americano disse que os documentos parecem ser legítimos.
Os documentos, atribuídos à Agência de Inteligência Geoespacial e à Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, são marcados como ultrassecretos e indicam que Israel estava movimentando recursos militares para conduzir um ataque em resposta à ofensiva de mísseis balísticos do Irã em 1º de outubro. As autoridades norte-americanas falaram sob condição de anonimato porque não estavam autorizadas a discutir o assunto publicamente.
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Os EUA querem que Israel pressione por um cessar-fogo em Gaza após o assassinato do líder do Hamas, Yahya Sinwar, na semana passada. Mas nem Israel nem o Hamas demonstraram qualquer interesse renovado num acordo do tipo, depois de meses de negociações que foram interrompidas em agosto. O Irã apoia o Hamas e o grupo militante Hezbollah no Líbano, onde um ano de tensões crescentes se transformou numa guerra total no mês passado. Israel enviou tropas terrestres para o Líbano no início de outubro.
Não houve comentários imediatos sobre os ataques em Beit Lahiya por parte dos militares israelenses, que afirmaram estar “operando em Gaza tanto em ataques aéreos como em operações terrestres”. Mounir al-Bursh, diretor-geral do Ministério da Saúde em Gaza, disse num post no X que a onda de feridos agravou “uma situação já catastrófica para o sistema de saúde” na região. A conectividade com a Internet caiu no norte de Gaza na noite de sábado e ainda não havia sido restaurada ao meio-dia de domingo, dificultando a coleta de informações sobre os ataques. O Norte de Gaza já sofreu a destruição mais pesada da guerra e está cercado pelas forças israelenses desde o final do ano passado, na sequência do ataque mortal do Hamas a Israel.
*Com informações da EFE
Publicado por Marcelo Bamonte