O Ministério Público do Interior do Uruguai não chegou a acordo com a CONMEBOL sobre presença de botafoguenses
O confronto entre Botafogo e Peñarol, pela semifinal da Libertadores, pode não ter público. Em reunião nesta terça (29/10) com representantes dos clubes, da CONMEBOL e órgãos públicos uruguaios, não se chegou a um consenso sobre a presença do público visitante e, por isso, a partida pode ser realizada com portões fechados.
O Ministério do Interior do Uruguai, que havia informado não autorizar a presença de botafoguenses na partida da próxima quarta (30/10), manteve sua decisão mesmo diante do pedido da CONMEBOL para que fosse liberado a presença dos visitantes, conforme prevê o regulamento.
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Indecisão
A reunião aconteceu no início da manhã e não houve mudança quanto ao posicionamento das partes: a CONMEBOL exigiu a presença de visitantes no estádio conforme o regulamento da competição, mesma posição do Botafogo; já o Peñarol afirmou que seguirá o que as autoridades mandarem.
Segundo O Globo, representantes que estiveram na reunião afirmaram que o Peñarol não propôs soluções de segurança para que a partida ocorra com a presença das duas torcidas
Com a falta de acordo, a CONMEBOL orientou para que todos os envolvidos aguardem a decisão final, que deve ser anunciada ainda nesta terça. Segundo o regulamento da própria entidade, a partida deverá acontecer de portões fechados ou mudar de local.
O mais provável é que, com a falta de garantia de segurança, a partida ocorra com portões fechados. Uma possível transferência de local para Buenos Aires, por conta da proximidade dos países, foi cogitada, mas uma greve geral de transportes marcada justamente para o dia do jogo diminuiu as chances de isso vir a acontecer.
Insegurança
Todo esse problema surgiu após o ministro uruguaio Nicolas Martinelli anunciar, em ofício, que teme represálias por parte da torcida do Peñarol aos botafoguenses, após a confusão ocorrida no Rio de Janeiro, na semana passada.
A CONMEBOL se manifestou ao enviar um ofício ao Peñarol exigindo que o regulamento da entidade fosse cumprido, e o clube garantisse a segurança dos botafoguenses em seu estádio, com a ameaça de determinar o fechamento dos portões para a partida.