Com a possibilidade de mudança na política externa dos Estados Unidos após o retorno de Donald Trump à Casa Branca, os palestinos do Hamas, que controlam a Faixa de Gaza e estão em guerra com Israel, se manifestaram sobre a vitória do magnata contra Kamala Harris, e apresentaram demandas ao novo presidente norte-americano.
Ao Metrópoles, Bassem Naeem, um dos porta-vozes do Hamas, afirmou que a vitória de Trump é um assunto que diz respeito aos norte-americanos. O membro do grupo, no entanto, fez um apelo a nova administração dos EUA, e pediu uma “cessação imediata da agressão” contra palestinos.
“A eleição de Trump como 47º presidente dos EUA é um assunto privado dos americanos, mas os palestinianos esperam uma cessação imediata da agressão contra o nosso povo, especialmente em Gaza, e procuram assistência para alcançar os seus legítimos direitos de liberdade, independência e o estabelecimento de seu estado independente e soberano, com Jerusalém como capital”, declarou Naeem ao ser questionado sobre a eleição de Trump e as perspectivas sobre o futuro de Gaza. “O apoio cego à entidade sionista ‘Israel’ e ao seu governo fascista, à custa do futuro do nosso povo e da segurança e estabilidade da região, deve parar imediatamente”, diz ainda a manifestação.
O grupo palestino já havia feito algumas exigências ao novo presidente dos EUA em declaração publicada na quarta-feira (6/11). Entre elas, o fim da posição negativa do governo norte-americano contra a causa palestina e do apoio a ocupações de Israel no território da Palestina.
Apesar dos apelos do Hamas, o histórico de Trump e declarações de campanha sinalizam que o apoio histórico dos EUA a Israel não deve ser afetado após seu retorno à Casa Branca, e pode ser ainda maior do que sob a administração Biden.