A ministra Macaé Evaristo, do Ministério dos Direitos Humanos, abriu uma investigação para apurar o uso dos canais da pasta para defender o ex-ministro Silvio Almeida, após a coluna revelar a existência de acusações de assédio sexual contra ele, entre elas de Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial. A apuração correrá na Corregedoria do ministério.
Evaristo instaurou uma investigação preliminar sumária (IPS), um procedimento apuratório formal que visa apurar autoria e materialidade das notas publicadas nos canais da pasta na noite de 5 de setembro de 2024.
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Silvio Almeida foi demitido após ser ouvido por Jorge Messias, da Advocacia-Geral da União, e por Vinicius Marques de Carvalho, da Controladoria-Geral da União, que levaram o teor da conversa a Lula
Reprodução/ Youtube Conversas Pastorais
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Silvio Almeida negou as acusações e mostrou aos ministros conversas com Anielle Franco no celular para sugerir que os dois se tratavam com intimidade
Divulgação/Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania
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Pesou contra Silvio a pressão de Janja da Silva. A primeira-dama não acreditou nos relatos dele e defendeu Anielle Franco
Divulgação/Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania
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Silvio Almeida foi demitido por Lula no dia 6 de setembro
Divulgação/Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania
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Anielle Franco também foi ouvida pelos ministros e acusou Silvio Almeida de importunação sexual
Divulgação/Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania
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Silvio Almeida foi denunciado por seis mulheres em um mês
Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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Antes de ser demitido, Silvio Almeida foi alvo da oposição, que queria o seu impeachment
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Silvio Almeida é alvo de inquérito no STF
Tânia Rêgo/Agência Brasil
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A professora Isabel Rodrigues diz ter sido assediada por Silvio Almeida, em 2019. “Acredito que vão aparecer outras denúncias”, afirmou.
Reprodução
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Silvio Almeida continua a negar as acusações
Agência Brasil
Em uma das postagens, era informado o envio de pedidos de investigação das denúncias para a Presidência da República, para a Procuradoria-Geral da República (PGR) e para a Controladoria-Geral da União (CGU).
Outra nota dizia que a organização Me Too — que recebeu denúncias contra o ex-ministro — tinha “histórico relacional controverso perante as atribuições desta pasta” e supostamente havia tentado interferir na nova licitação do Disque 100.
A terceira era sobre a defesa de Almeida, em que dizia repudiar, “com absoluta veemência, as mentiras que estão sendo assacadas contra mim”.
A ministra Esther Dweck, que respondeu interinamente pelo ministério entre a saída de Almeida e a entrada de Evaristo, determinou que o conteúdo fosse todo apagado.