Desde o nascimento de sua terceira filha, Helena, Neymar voltou a ser figurinha carimbada em matérias da imprensa. A coluna Fábia Oliveira descobriu que, em outro campo bem específico, o nome do jogador também tem repercutido. Aqui, nos referimos a um processo milionário movido contra o atleta, que ganhou uma reviravolta.
Para quem não lembra, o ativista Agripino Magalhães realizou diversas denúncias contra Neymar referentes a supostas práticas com teor homofóbico. Segundo ele, os atos do jogador desencadearam ameaças de morte. No caso, Agripino pede uma indenização de R$ 1 milhão por danos morais, além de R$ 42 mil por danos materiais.
O caso ganhou uma importante reviravolta. Anteriormente, a defesa apresentada pelo jogador foi considerada intempestiva, ou seja, interposta fora do prazo legal. Em bom português: a defesa de Neymar teria “papado mosca” e perdido um prazo.
No entanto, a coluna descobriu que o atleta apresentou um “agravo de instrumento”, isto é, um recurso, buscando reconhecer que sua defesa não pode ser desconsiderada.
Em julho deste ano, o recurso foi julgado procedente e o martelo da Justiça foi batido, dando razão à alegação de Neymar.
Vale dizer, ainda, que Agripino tem enfrentado algumas resistências na ação. O ativista pediu que o UOL recebesse um ofício para apresentar áudios e vídeos em que Neymar assumiu uma postura homofóbica. No último dia 08, o portal afirmou que não tem condições de atender a demanda do ativista.
A coluna, com sua aguçada memória, lembra que na seara penal o caso já teve um desfecho positivo para o craque. Neymar teve sua punibilidade extinta, vendo-se livre de uma das ações movidas por Agripino Magalhães.
Apesar das novidades da ação, muita água pode rolar. Esta colunista, é claro, ficará de olho no andar dessa trôpega carruagem.
Relembre o caso envolvendo Neymar
Neymar foi processado por iniciativa de um ativista do movimento LGBT, Agripino Magalhães, por supostos atos homofóbicos. A história teve início a partir de uma fala em que o jogador chamava o ex-namorado de sua mãe, Tiago Ramos, de “viadinho”. Além disso, o futebolista ainda teria afirmado que homossexuais deveriam ser empalados vivos, segundo o ativista.
Em contestação, Neymar se apresentou de forma espontânea, sem ser intimado, chamou o processo de “bizarro” e lamentou ter que gastar tempo e estrutura do Poder Judiciário para responder às “mais nefastas e infundadas acusações”.
Na petição inicial, o ativista disse que “tem medo de que em qualquer esquina possa ser fuzilado”, pois, segundo ele, foi ameaçado por amigos do jogador. Além da indenização de R$ 1 milhão, ele pediu um pagamento mensal de R$ 5 mil “até que cessem as ameaças dos parças”.