Nesta quinta-feira (14), com o duelo entre Philadelphia Eagles e Washington Commanders, e que terá transmissão do Disney+ a partir das 22h15 (de Brasília), começa a Semana 11 da NFL. Ou seja, a temporada se aproxima de sua reta decisiva e já começamos a enxergar quem estará nos playoffs e segue em busca do tão sonhado Super Bowl.
E enquanto alguns times já estão praticamente garantidos na pós-temporada, tem também quem já esteja com a cabeça em setembro de 2025, quando começa a próxima temporada. Vários times estão com rendimentos e resultados muito abaixo do esperado, como por exemplo o Seattle Seahawks, que passa por uma mudança após muitos anos com Pete Carroll no comando, ou então o Miami Dolphins, que foi prejudicado pela lesão de Tua Tagovailoa e ficou sem seu grande astro em vários jogos.
Mas alguns casos chamam mais atenção, com equipes que começaram 2024 sonhando com algo a mais e definitivamente decepcionam.
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O primeiro desses times definitivamente é o Dallas Cowboys. A franquia mais popular da NFL e constantemente em listas de equipes mais valiosas do mundo, superando até mesmo gigantes do futebol, como Manchester United e Real Madrid, os Cowboys chegaram para a temporada com tudo. Dak Prescott assinou o maior contrato da história da liga, CeeDee Lamb também fechou um acordo novo e ambos apareciam como as grandes esperanças.
Dez semanas se passaram e tudo isso ruiu. O quarterback, com um problema no tendão, precisará passar por cirurgia e não volta mais nesta temporada. Já o wide receiver, também com problemas físicos, não tem rendido o esperado. Na última partida, o massacre sofrido contra o eagles, ele teve apenas seis recepções, com míseras 21 jardas.
Se o ataque não funciona, a defesa parece igualmente perdida. Na era Dan Quinn como coordenador defensivo, de 2021 a 2023, os Cowboys foram uma das unidades mais aterrorizantes do futebol americano, liderando a NFL em taxa de sack, taxa de pressão e taxa de interceptação. Eles podiam ser vulneráveis quando ficavam para trás e tinham que parar a corrida, mas eram capazes de alterar os jogos e influenciar a jogada ofensiva com a ameaça do que eram capazes de fazer para ir atrás do quarterback. Já neste ano, nada tem funcionado, sendo uma das piores em vários quesitos e incapaz de evitar sempre muitos pontos do adversário, como aconteceu por exemplo no último domingo.
Os times precisam ter seus jogadores jovens e controlados em termos de custos se destacando, suas estrelas se mantendo saudáveis e sua equipe técnica se mantendo à frente do jogo e maximizando o talento que eles têm em campo. Até o momento, não parece que nenhuma dessas coisas esteja acontecendo em Dallas.
O Cleveland Browns terminou a temporada 2023 com 11 vitórias e seis derrotas, na 2ª colocação da AFC Norte e esteve nos playoffs, onde foi eliminado pelo Houston Texans.
Uma campanha boa, principalmente para um time que está longe do topo há muito tempo. Mas mesmo asism, a estratégia foi de mudar. A começar pelo retorno de Deshaun Watson, que voltou a ser quarterback titular depois de se recuperar de lesão, no lugar do experiente Joe Flacco, que recebeu até prêmio por conta de seu desempenho.
A estratégia não deu certo, com apenas duas vitórias e sete derrotas, atualmente na lanterna da divisão e com uma das piores campanhas de toda a liga. Como se não bastasse isso, já com a temporada rolando, jogadores como Amari Cooper e Za’Darius Smith foram negociados, deixando claro que a estratégia é de apostar no futuro.
Simplesmente não há uma fórmula vencedora aqui. Haverá jogos como o que vimos na Semana 8, quando os Browns encontraram um time do Baltimore Ravens, que aparentemente esqueceu como pegar a bola por 60 minutos. Obviamente, há talento. Mas sem uma defesa dominante, sem o técnico da linha ofensiva Bill Callahan e com um quarterback que vai colocar a bola em perigo de três a cinco vezes por jogo, eles sempre correrão muitos riscos, em um ambiente que praticamente não tem margem para erro.
Três temporadas e meia atrás, o Jacksonville Jaguars apostou em um quarterback com potencial para ser um dos melhores da liga: Trevor Lawrence. Depois de todo esse tempo, tudo era para estar funcionando, já que a franquia teve tempo para avaliar sua equipe técnica, encontrar jogadores que se encaixem no ataque e entender cada preferência do quarterback.
Esse cenário parece longe do que acontece na Flórida. Tudo bem, as lesões tem atrapalhado bastante, mas o cenário atual é desanimador, com apenas duas vitórias em dez jogos e a classificação para os playoffs beirando o milagre.
Ainda mais para alguém que, um ano atrás, estava 8-3 e não foi à pós-temporada. Desde aquele “Monday Night Football” que eles estavam em posição de reivindicar a primeira colocação na AFC com uma vitória sobre os Bengals, eles acumulam três vitórias e 12 derrotas.
Na temporada passada, a queda pareceu uma combinação de azar e problemas de saúde de Lawrence. Já em 2024, parece que o desempenho ruim está recebendo o retorno que merece.
